
Várias centenas de pessoas concentraram-se durante a noite desta segunda-feira junto à Câmara Municipal de Santo Tirso para protestar “contra o massacre” ocorrido no fim de semana na serra da Agrela, em que 54 animais de um abrigo ilegal morreram num incêndio.
“Estamos a protestar contra a inação da Câmara de Santo Tirso”, acusou António Soares, um dos quatro promotores da vigília.
Perante um número crescente de pessoas que continuava a chegar à praça em frente dos Paços do Concelho, António Soares anunciou as exigências que quer ver garantidas pelo município liderada por Alberto Costa.
“Queremos justiça para os animais e que seja aberta uma investigação ao canil, à inação da câmara e que esta faça um rastreio de todos os canis ilegais que há no concelho, que os legalize e que apoie as associações”, defendeu.
Para António Soares, “os culpados deste massacre são a câmara, pela sua inação, pois há muito tempo que sabia da existência do canil [Cantinho das quatro patas] e que não tinha condições para albergar aqueles animais, onde eram maltratados e nada fez”, assim como a GNR e os proprietários.
“A GNR também tem culpa porque não reagiu e pactuou com o massacre que aconteceu no passado fim de semana”, considerou, acusando “os proprietários” de “serem de um egoísmo extremo, pois puseram o dinheiro à frente de qualquer vida”.
Na concentração, onde se viam famílias, jovens ou idosos, as diversas intervenções, ao longo de quase hora e meia de duração, foram ora ovacionadas, ora interrompidos com gritos de revolta.
A iniciativa contou com a presença de três deputados da nação, nomeadamente, Bebiana Cunha do PAN e Luís Monteiro e Maria Manuel Rola do Bloco de Esquerda.
A Polícia Municipal acompanhou de perto a concentração, posicionando-se entre a praça e a entrada dos Paços do Concelho.